O Orçamento de Estado para 2006

Esta semana fica marcada pela apresentação do orçamento de estado (OE)
para 2006. Numa breve análise, considero-o sem surpresas. O plano
apresentado na UE, onde Portugal se comprometia a reduzir o défice em
3 anos, está a ser cumprido.
Elogio a ausência de receitas extraordinárias (a máscara usada nos
últimos anos) e a excelente entrevista que o Ministro das Finanças deu na televisão, precisamente na altura indicada, ou seja, quando foi apresentado o OE. É importante que as pessoas sejam elucidadas sobre este tema!

Em termos de medidas concretas e visíveis, destaco:
- o regresso dos incentivos fiscais à poupança, no IRS;
- a alteração do imposto automóvel (IA) que passa a penalizar mais os
carros mais poluentes;
- o aumento do imposto sobre o tabaco, revertendo o dinheiro para a saúde;
De resto, é natural haver contestação à direita e à esquerda, porque o OE abrange muitas áreas e a oposição “tem” (embora discorde completamente destas posições) de estar contra…
Boa sorte para quem terá de o cumprir, porque, apesar do realismo,
será preciso coragem para tomar as medidas e "aguentar" a
contestação...