Repensar os partidos políticos
As eleições terminaram e o vencedor foi Cavaco Silva. Embora com um resultado aquém de todas as sondagens, a verdade é que conseguiu vencer toda a esquerda e será o novo Presidente Eleito. Parabéns pela vitória e sucesso no exercicio das funções.
A Democracia constroi-se assim, com vencedores e vencidos.
Na hora da derrota, cabe a cada candidato, a análise dos resultados, o mesmo acontecendo aos partidos que apoiaram um determinado candidato.
Várias ilações se podem tirar destes resultados, mas uma é clara: É preciso repensar os partidos políticos. Nos próximos 3 anos, durante os quais não há eleições, é a altura ideal para haver uma renovação de fundo nos partidos.
A população tem, cada vez mais, uma péssima ideia dos politicos e o trabalho de muitos é prejudicado pela desonestidades e “esperteza” de outros.
É necessário explicar, em demagogias ou falsos moralismos, “o que é ser político” e quais os direitos e deveres de um político enquanto militante.
Os partidos não se podem reduzir às eleições e os próximos 3 anos são a chave estes para mostrarem que são muito mais do que “Máquinas Eleitorais”.
4 Comments:
Não sei se repararam mas agora Sócrates é o senhor absoluto do PS...
Cara Navegante,
Bem-vinda a este espaço, onde se exprimem opiniões sobre "politica quotidiana", que é influenciada por todos e influencia todos.
Tal como disse nos seu comentário,
" limitamos a nossa actividade política a alguns momentos periódicos em que nos deslocamos às urnas, quando o fazemos"
E este é um espaço de reflexão sobre os actos politicos. Eu, pessoalmente, tento levar as reflexões à pratica e tento concretizar o que está ao meu alcance.
Concordo também com a ideia de "limpar" o conceito Cidadania. Sem duvida, que é algo que tem de melhor em Portugal
Apareça mais vezes!
Hughes,
Quanto aos partidos, julgo que estamos conversados. Existem três espécies de militantes:
a) os que consideram os partidos como um elevador
b) os que lutam pela causa (seja ela qual for) sem descartarem a hipótese de, por mérito próprio, poderem vir a ser reconhecidos e considerados.
c) os que pura e simplesmente lutam ela causa.
Julgo que me conheces o suficiente para saberes que me integro no grupo b), isto é, luto pela causa, porque quero fazer qualquer coisa pela sociedade, mas se fizer um trabalho competente e esse trabalho for reconhecido, ponderarei a assunção de um cargo ou de um mandato em nome do partido.
A sociedade é o que é e não vale a pena fantasiar ou achar que é diferente. Significa isto que vão sempre existir indivíduos como os das três tipificações anteriores.
O problema é que os partidos cresceram desmesuradamente e hoje são meio para se ter acesso a diversas prebendas.
Conclusão: os partidos estão cheios de gente a) cada vez mais voraz. É por isso que as coisas estão como estão.
Só há uma solução e ela é evidentemente o regresso ao seu núcleo essencial de competências, isto é fazer política e não ser agência de empregos, ainda por cima de gente, na sua maioria, incompetente.
De certeza que as moscas começam a levantar voo do excremento que os partidos se estão a tornar
Concordo em absoluto com o que aqui está a ser dito....
Permitam-me no entanto lançar um desafio, que me serve naturalmente também...
Podemos deambular em diálogos e argumentar elaborando diversas análises e conclusões sobre o estado das coisas. Contudo, parece-me que essas conclusões serão, na sua maior parte, consensuais e já conhecidas.
Assim sendo, partindo da permissa de que todos identificamos o estado actual das coisas (apenas não "identificará" quem não quer ver ou que está bem com isto), lanço o desafio: como mudar? onde mudar? quem mudar?... e o mais importante de tudo... o que podemos NÓS (o que estamos aqui a conversar) fazer para mudar?
Está lançado o desafio.
Prometo que tentarei responder a mim próprio numa breve oportunidade...
FP
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