Política Quotidiana

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quarta-feira, janeiro 25, 2006

Rescaldo e a derrota do PS

Depois de mais um acto eleitoral, é necessária uma reflexão sobre os resultados.

Há claramente um vencedor e cinco derrotados. Não há meias-derrotas, nem meias-vitorias.

 

Aqui também reside um dos problemas de Portugal – a mediocridade. “Perdemos, mas foi por pouco” , “O outro ganhou, mas a derrota não é nossa, é do outro”.

 

Acho que o principal derrotado foi o Partido Socialista e os seus orgãos dirigentes. O Partido Socialista não foi capaz de apresentar um nome que conseguisse conquistar o eleitorado de centro-esquerda, e todos sabemos que é esse que dá as maiorias absolutas.

 

O facto de haver dois candidatos do PS não prejudicou a votação, ate beneficiou, porque conseguiu estimular os eleitores a ir às urnas. Caso Alegre ou Soares fossem sozinhos, o resultado era o mesmo ou pior.

 

Alegre não passava de um poeta que tinha desafiado Socrates há pouco mais de um ano.

A sua votação deve-se à sua coragem em se candidatar sem o apoio da “maquina” partidária e à imagem de “traído” e “vitima” do P.S., Soares e Socrates. O povo sempre gostou de “vitimas” e de ajudar os injustiçados, e todo o seu discurso patriótico e “novo” (por vezes demagogico) também cativou alguns abstencionistas...

 

Soares só conseguiria repetir 1986 com uma boa aceitação inicial da opinião publica, dada a sua idade e o facto de já ter sido Presidente. E foi precisamente o contrário que sucedeu.  No entanto, se houvesse 2ª volta, estes estigmas podiam desaparecer, mas, com Alegre, tal revelava-se muito complicado...

 

Em resumo: Os resultados foram esperados. Poupou-se uns milhoes com a 2ª volta e o país volta a acalmar por 3 anos.

 

1 Comments:

At 4:50 da tarde, Blogger Hugo Monteiro said...

Acho que a votação de Soares foi mais que justa visto as atitudes vergonhosas que tomou em relação aos outros adversários. Também se fez justiça com Louçã realativamente à "palhaçada" com que ocupou o seu tempo de antena. Se repararem os candidatos "dignos" tiveram boas votações (Cavaco, Alegre e Jerónimo sairam-se bem).

 

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