Política Quotidiana

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segunda-feira, agosto 15, 2005

Imagens dos fogos na televisão

Assisti à pouco ao comentário semanal do António Vitorino, na RTP1.
Sobre o tema dos incêndios, uma questão foi discutida durante minutos:
“Deve o estado obrigar as televisões reverem a forma de mostrar as imagens dos incêndios?”

Vitorino mostrou, mais uma vez, a sua inteligência política e teve uma resposta, com a qual concordo a 100%:
Não acredita que uma entidade externa à comunicação social consiga regular este tipo de acção; acrescenta que essa também não será a melhor forma. Segundo ele, a opção passa por serem os meios de comunicação a reunirem e coordenados optarem por mudar a forma como transmitem as imagens, porque estes desempenham um papel importante na sociedade. Algo que deixou bem vincado foi de que não podia haver censura aos factos. Estes existem e têm de ser divulgados. A forma como são apresentados é que está em causa!

Eu acrescento que é possível que isto aconteça. Acredito que nem deve ser muito difícil de conseguir, caso haja vontade das televisões.

As televisões afirmam que esta medida não está comprovada como sendo uma mais-valia e que os incêndios criminosos continuaram a existir.

De facto, é verdade que a percentagem de incendiários “com origem” nas imagens da TV, é baixa, mas mesmo que seja 1%, não valerá a pena ter menos esse 1%?

O que se perde em troca? Menos “sensacionalismos”? Menos “imagens chocantes”?

Como disse o Ministro António Costa, este assunto não é prioritário e é para discutir a seu tempo que não agora, mas fica a minha opinião sobre isto.