Política Quotidiana

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quarta-feira, fevereiro 15, 2006

A CORJA

A FENPROF, que neste País de Faz-de-Conta é um Sindicato pago por mim, está muito chateada com o Ministério da Educação, porque embora entendendo que o número de escolas que poderá encerrar seja “um problema das populações, da administração e das autarquias, mas também dos professores «pelas consequências que tem para o emprego docente».”

Nem a FENPROF põe verdadeiramente em causa que é anti-pedagógico, estúpido e impensável que alunos da antiga primária tenham aulas sozinhos, ou com meia-dúzia de outros miúdos, mas atenção às consequências que isso possa ter para o emprego docente…

A FENPROF é uma organização com dirigentes tão medíocres que nem sequer defende os seus próprios associados. Em nome não se sabe bem de quê, de um despeito, de uma desconfiança nunca concretizados, a FENPROF está sempre contra, tem sempre algo a acrescentar, ou melhor, tem sempre apêndices inúteis a sugerir, ideias estapafúrdias que não lembrariam ao diabo.

Esta medida, que aliás é estrutural e defendida por qualquer pessoa de bom senso, em nome dos alunos, das crianças que têm direito a um crescimento são e a uma aprendizagem civilizada, mas também em nome dos professores que continuam a dar aulas a 1, 2 ou meia dúzia de miúdos só é contestada por quem faz disso profissão. Não por professores, entenda-se, mas por gente cujo fito é contestar, estar contra, seja aquilo que for.

Para esta gente pequena, a principal função da Educação não é a de ensinar, é a de dar emprego. Nesta óptica a principal função do Estado não é a de administrar a Justiça, a Educação, a Saúde, etc.. É a de dar empregos. Sem fundamento, sem necessidade, sem planeamento.

O que me preocupa não é propriamente a FENPROF. É que uma classe inteira, indispensável em qualquer sociedade, como a dos professores, se permita ser representada por esta corja.