DESFAZENDO EQUÍVOCOS
Do meu post anterior pode ter ficado a ideia que tenho um ódio de estimação pela FENPROF, o que não é verdade. Aliás, não tenho ódios de estimação por nada nem por ninguém.
No entanto, a adjectivação que dei à FENPROF aplica-se, de um modo geral e em diversos graus, à generalidade dos sindicatos.
Eu entendo que os sindicatos são essenciais à democracia, etc., etc., de acordo com os cânones do politicamente correcto.
Não confundo é a ideia ou sequer o instituto, com os seus protagonistas.
A grande maioria dos nossos sindicalistas não representa ninguém a não ser os seus próprios interesses pessoais ou corporativos. Isto é, representam a cúpula de dirigentes sindicais, nada mais.
Apareceram no mundo sindical nos bons velhos tempos do PREC ou são discípulos da lógica que então imperava. Desde esses tempos, Portugal abriu-se ao mundo, entrou na comunidade europeia, mas todo isso é riscado do discurso e suponho do pensamento dos sindicalistas.
Para quem tem um bocado de memória, é relativamente fácil perceber o percurso dos sindicatos em Portugal. Aquilo que no início era uma representação pujante dos diversos sectores de actividade económica, acantonou-se hoje na função pública, curiosamente o sector que menos protecção e auxílio precisa.
Estou à vontade para falar disso porque sou funcionário público. Hoje os únicos sindicatos que têm algum peso social são os da função pública. Discutem alínea a alínea das leis laborais do sector público, enquanto os trabalhadores do sector privado, objectivamente mais desprotegidos, foram pura e simplesmente abandonados.
Entraram numa guerra caricatural, em que vão recuando, mas continuam a fazer barulho e a proclamar vitórias.
A aprovação do Código do Trabalho foi a demonstração clara da impotência e da esquizofrenia dos sindicatos. Não por razões substanciais, que não vou aqui discutir, mas porque pura e simplesmente os sindicatos não conseguiram mobilizar a opinião pública para a sua causa. Já ninguém os ouve.
Esta incapacidade teria feito qualquer organização minimamente sensata, parar e pensar sobre a sua actuação. Mas não. Perdendo a batalha, segue a guerra, cem metros atrás.
Em conjunto com os sucessivos governos, os sindicatos são os grandes culpados do estado das coisas na função pública. Porque estão indisponíveis para negociar, o que não deixa de ser espantoso, porque não estamos a falar de partes iguais. Sejamos claros. Os sindicatos da função pública devem ser ouvidos, mas quem decide é o Estado, ou se quiserem, o Governo. Como é que alguém, que parte de uma posição de inferioridade, de facto e de direito, se apresenta com um conjunto de “reivindicações” inegociáveis?
Eu explico. Enquanto existirem situações como a do Eng.º João Proença, que é simultaneamente membro da Comissão Política Nacional do PS e dirigente sindical. Enquanto continuar o regabofe em que ninguém questiona a representatividade de cada sindicato em concreto.
Sobretudo enquanto os sindicatos não pararem para pensar e preferirem continuar nesta simulação bélica. Enquanto continuarem a gritar inimigo! Inimigo!, de manhã e à tarde esticarem a mão para receber a subvençãozinha da ordem.
Enquanto não se correr com esta corja de dirigentes, de vampiros que pressurosos, passam a vida em almoços, convenções e jornadas de luta em saunas selectas.
O sindicalismo é hoje um coito de medíocres, inaptos na sua maioria, para dirigir o clube do bairro quanto mais uma organização representativa de trabalhadores, que encontraram no sindicato a vidinha fácil com que tanto sonharam.
Os sindicalistas são hoje os principais adversários e ofensores de quem deviam representar.
Uma corja.
No entanto, a adjectivação que dei à FENPROF aplica-se, de um modo geral e em diversos graus, à generalidade dos sindicatos.
Eu entendo que os sindicatos são essenciais à democracia, etc., etc., de acordo com os cânones do politicamente correcto.
Não confundo é a ideia ou sequer o instituto, com os seus protagonistas.
A grande maioria dos nossos sindicalistas não representa ninguém a não ser os seus próprios interesses pessoais ou corporativos. Isto é, representam a cúpula de dirigentes sindicais, nada mais.
Apareceram no mundo sindical nos bons velhos tempos do PREC ou são discípulos da lógica que então imperava. Desde esses tempos, Portugal abriu-se ao mundo, entrou na comunidade europeia, mas todo isso é riscado do discurso e suponho do pensamento dos sindicalistas.
Para quem tem um bocado de memória, é relativamente fácil perceber o percurso dos sindicatos em Portugal. Aquilo que no início era uma representação pujante dos diversos sectores de actividade económica, acantonou-se hoje na função pública, curiosamente o sector que menos protecção e auxílio precisa.
Estou à vontade para falar disso porque sou funcionário público. Hoje os únicos sindicatos que têm algum peso social são os da função pública. Discutem alínea a alínea das leis laborais do sector público, enquanto os trabalhadores do sector privado, objectivamente mais desprotegidos, foram pura e simplesmente abandonados.
Entraram numa guerra caricatural, em que vão recuando, mas continuam a fazer barulho e a proclamar vitórias.
A aprovação do Código do Trabalho foi a demonstração clara da impotência e da esquizofrenia dos sindicatos. Não por razões substanciais, que não vou aqui discutir, mas porque pura e simplesmente os sindicatos não conseguiram mobilizar a opinião pública para a sua causa. Já ninguém os ouve.
Esta incapacidade teria feito qualquer organização minimamente sensata, parar e pensar sobre a sua actuação. Mas não. Perdendo a batalha, segue a guerra, cem metros atrás.
Em conjunto com os sucessivos governos, os sindicatos são os grandes culpados do estado das coisas na função pública. Porque estão indisponíveis para negociar, o que não deixa de ser espantoso, porque não estamos a falar de partes iguais. Sejamos claros. Os sindicatos da função pública devem ser ouvidos, mas quem decide é o Estado, ou se quiserem, o Governo. Como é que alguém, que parte de uma posição de inferioridade, de facto e de direito, se apresenta com um conjunto de “reivindicações” inegociáveis?
Eu explico. Enquanto existirem situações como a do Eng.º João Proença, que é simultaneamente membro da Comissão Política Nacional do PS e dirigente sindical. Enquanto continuar o regabofe em que ninguém questiona a representatividade de cada sindicato em concreto.
Sobretudo enquanto os sindicatos não pararem para pensar e preferirem continuar nesta simulação bélica. Enquanto continuarem a gritar inimigo! Inimigo!, de manhã e à tarde esticarem a mão para receber a subvençãozinha da ordem.
Enquanto não se correr com esta corja de dirigentes, de vampiros que pressurosos, passam a vida em almoços, convenções e jornadas de luta em saunas selectas.
O sindicalismo é hoje um coito de medíocres, inaptos na sua maioria, para dirigir o clube do bairro quanto mais uma organização representativa de trabalhadores, que encontraram no sindicato a vidinha fácil com que tanto sonharam.
Os sindicalistas são hoje os principais adversários e ofensores de quem deviam representar.
Uma corja.
1 Comments:
Concordo na maioria com a tua opinião: o sindicatos são importantes, mas devem ser sensatos e realistas!
De que serve os trabalhadores receberem aumentos de 5% se passado 6 meses vão para o desemprego??
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