Política Quotidiana

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quarta-feira, janeiro 25, 2006

Repensar os partidos políticos

As eleições terminaram e o vencedor foi Cavaco Silva. Embora com um resultado aquém de todas as sondagens, a verdade é que conseguiu vencer toda a esquerda e será o novo  Presidente Eleito. Parabéns pela vitória e sucesso no exercicio das funções.

 

A Democracia constroi-se assim, com vencedores e vencidos.

 

Na hora da derrota, cabe a cada candidato, a análise dos resultados, o mesmo acontecendo aos partidos que apoiaram um determinado candidato.

 

Várias ilações se podem tirar destes resultados, mas uma é clara: É preciso repensar os partidos políticos. Nos próximos 3 anos, durante os quais não há eleições, é a altura ideal para haver uma renovação de fundo nos partidos.

 

A população tem, cada vez mais, uma péssima ideia dos politicos e o trabalho de muitos é prejudicado pela desonestidades e “esperteza” de outros. 

 

É necessário explicar, em demagogias ou falsos moralismos, “o que é ser político” e quais os direitos e deveres de um político enquanto militante.

 

Os partidos não se podem reduzir às eleições e os próximos 3 anos são a chave estes para mostrarem que são muito mais do que “Máquinas Eleitorais”.

 

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Rescaldo e a derrota do PS

Depois de mais um acto eleitoral, é necessária uma reflexão sobre os resultados.

Há claramente um vencedor e cinco derrotados. Não há meias-derrotas, nem meias-vitorias.

 

Aqui também reside um dos problemas de Portugal – a mediocridade. “Perdemos, mas foi por pouco” , “O outro ganhou, mas a derrota não é nossa, é do outro”.

 

Acho que o principal derrotado foi o Partido Socialista e os seus orgãos dirigentes. O Partido Socialista não foi capaz de apresentar um nome que conseguisse conquistar o eleitorado de centro-esquerda, e todos sabemos que é esse que dá as maiorias absolutas.

 

O facto de haver dois candidatos do PS não prejudicou a votação, ate beneficiou, porque conseguiu estimular os eleitores a ir às urnas. Caso Alegre ou Soares fossem sozinhos, o resultado era o mesmo ou pior.

 

Alegre não passava de um poeta que tinha desafiado Socrates há pouco mais de um ano.

A sua votação deve-se à sua coragem em se candidatar sem o apoio da “maquina” partidária e à imagem de “traído” e “vitima” do P.S., Soares e Socrates. O povo sempre gostou de “vitimas” e de ajudar os injustiçados, e todo o seu discurso patriótico e “novo” (por vezes demagogico) também cativou alguns abstencionistas...

 

Soares só conseguiria repetir 1986 com uma boa aceitação inicial da opinião publica, dada a sua idade e o facto de já ter sido Presidente. E foi precisamente o contrário que sucedeu.  No entanto, se houvesse 2ª volta, estes estigmas podiam desaparecer, mas, com Alegre, tal revelava-se muito complicado...

 

Em resumo: Os resultados foram esperados. Poupou-se uns milhoes com a 2ª volta e o país volta a acalmar por 3 anos.

 

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segunda-feira, janeiro 23, 2006

Novo ciclo político se aproxima...

Pois bem...

Com o resultado destas eleições presidenciais, - não só o eleito à primeira volta mas os resultados dos restantes convidados - haverá agora necessariamente uma reorganização das peças do tabuleiro... não só há um novo elemento em jogo como as expectativas estão agora todas viradas para se saber de que forma as forças políticas se irão relacionar.

Independentemente da cor política (em princípio um Presidente da República será supra partidário) espero que de facto não haja a necessidade e a vontade de criar problemas institucionais... e que haja o bom senso de resistir ao caminho mais fácil dos atritos e das intrigas mesquinhas que tanto são propaladas pela comunicação social à procura de polémica.

Para minha primeira intervenção, fico por aqui...
FP

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